Apontado em investigações em curso como principal nome no chamado ‘Gabinete do ódio’, grupo responsável por crimes eleitorais em séria, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) figura como autor, nesta quinta-feira, de uma longa mensagem no Twitter, na qual admite a derrota nas urnas e o fim do mandato da ultradireita, no Brasil. Em tom de tristeza, ’02′ sinaliza que o pai foi abandonado por quem, aparentemente, o apoiava.
Sem sustentação no Congresso, nas Forças Armadas ou junto ao eleitorado, segundo o parente do mandatário, não há o menor espaço para a tentativa de um golpe de Estado no Brasil. O suspeito de disseminar notícias falsas diz, ainda, que Bolsonaro foi “banalizado” e que “não tem o poder de estalar os dedos e resolver tudo”.
“Como alguns podem esquecer tão rápido os sacrifícios de um homem que praticamente deu a vida, remando contra uma maré de podridão, com resiliência de modo a conseguir avanços nunca imaginados, e banalizá-lo como se todo um processo tremendamente complexo dependesse somente dele? Por que as pessoas ditas ‘do bem’ não fazem o simples exercício de se colocar no lugar do próximo?”, questiona.
E acrescenta: “Tento imaginar como deve se sentir esse homem, com seu esforço banalizado porque não tem o poder de estalar os dedos e resolver tudo, pois não é gênio da lâmpada, alvejado sem piedade por gente que se acha dona da verdade”.
“Uns são inocentes, outros são sujos e há os caçadores de likes. Infelizmente não há compaixão e muito menos maior reflexão diante do quadro. Prefiro não falar tudo que penso para evitar incompreensões. Sigamos em frente”, conclui.
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